Tokens RWA são uma revolução e vão impulsionar mercado em 1.000%, diz especialista

8 months ago 101

Com a ascensão das criptomoedas e a evolução constante da tecnologia blockchain, o cenário financeiro tem testemunhado uma transformação significativa e antes, o Bitcoin que era considerado uma moeda de golpistas e ligada a crimes, hoje ganhou espaço como um dos investimentos mais promissores da década.

Além disso, as criptomoedas deram origem aos contratos inteligentes, uma transformação que vem modificando como as aplicações digitais vem sendo desenvolvidas e habilitando uma nova economia digital com o DeFi, uma nova internet com a web3, uma nova integração entre o mundo físico e digital com o metaverso, entre outros.

Dentro desse contexto, a tokenização de ativos do mundo real (RWA) desponta como uma das inovações mais impactantes, prometendo revolucionar a forma como percebemos e interagimos com investimentos tradicionais. Especialistas apontam que o mercado de tokens RWA será trilionário e pode aumentar em 1.000% o ecossistema cripto.

O impacto dos tokens RWA é tão grande que o Banco Central do Brasil vem construído uma moeda digital para o país, o Drex, que irá funcionar nos moldes do Ethereum e com foco em habilitar a economia dos tokens RWA no setor financeiro nacional.

Para compreender melhor esse universo em constante expansão e suas implicações, entrevistamos Victor Caribé, Chief Web3 & AI Officer da QINV, uma figura influente no campo da tokenização de ativos e inteligência artificial, que compartilhou suas percepções sobre o potencial transformador dessa tecnologia e seu impacto no mercado financeiro.

Tokens RWA são uma revolução

Cointelegraph Brasil (CTBR): A chegada da tokenização de ativos reais (RWA) tem se destacado no cenário da blockchain. Qual o potencial desses tokens no mercado atual?

Victor Caribé (VC): A tokenização de ativos do mundo real é uma revolução no campo dos investimentos. Ao digitalizar direitos de propriedade e conectar ativos tangíveis à blockchain, tornamos possível negociar frações desses ativos de forma transparente e eficiente. Isso não apenas democratiza o acesso a investimentos antes inacessíveis, mas também aumenta a liquidez e a eficiência do mercado financeiro.

CTBR: Como a tecnologia blockchain, especialmente o Ethereum, tem influenciado essa transformação?

VC: O Ethereum foi um divisor de águas ao introduzir os contratos inteligentes, permitindo a execução automática de acordos quando certas condições são atendidas. Essa funcionalidade é crucial na autenticação e transferência segura dos tokens que representam ativos reais na blockchain, ampliando as possibilidades de tokenização.

CTBR: Quais os principais desafios enfrentados na tokenização de ativos reais?

VC: Um dos desafios é o aspecto regulatório, pois é necessário que haja clareza sobre como esses ativos serão tratados legalmente. Além disso, a segurança também é uma preocupação constante, já que lidamos com ativos tangíveis digitalizados. É essencial mitigar riscos de segurança e estabelecer padrões regulatórios claros para impulsionar essa transformação.

CTBR: Como essa transformação impacta o cenário brasileiro?

VC: No Brasil, vemos um interesse crescente por essa nova forma de investimento. A declaração do Banco Central sobre o Drex é um exemplo disso, mostrando uma movimentação para um ambiente regulado para tokens RWA. Isso abre portas para mais acesso ao mercado financeiro e investimentos inclusivos.

CTBR: Quais são as projeções para o futuro da tokenização de ativos reais?

VC: Acredito que veremos uma expansão ainda maior em diversos setores, como imóveis, obras de arte e outros ativos tangíveis e intangíveis. Essa evolução transformará fundamentalmente a maneira como interagimos com os ativos, democratizando o investimento e aprimorando a inclusão financeira.

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