Bolsas caem após dados fracos da China e antes da votação do teto da dívida dos EUA; emprego no Brasil e mais

10 months ago 103

A sessão desta quarta-feira (31) é de perdas para os principais mercados mundiais, com nova contração da atividade fabril na China e expectativas para votação do teto da dívida dos Estados Unidos.

Depois de passar por uma importante votação processual no Comitê de Regras da Câmara na terça-feira, a Lei de Responsabilidade Fiscal está provisoriamente agendada para votação na Câmara de maioria republicana na noite desta quarta-feira.

Além disso, investidores aguardam por falas de integrantes do Federal Reserve (Fed) e pelo Livro Bege, que podem reforçar a aposta de novo aumento dos juros americanos.

Na China, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura caiu pelo segundo mês consecutivo, atingindo 48,8 em maio.

Por aqui, destaque para os dados do mercado de trabalho. Tanto o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) quanto a PNAD Contínua serão divulgados hoje. A projeção Refinitiv é que a taxa de desemprego tenha caído de 8,8% para 8,7%.

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Na seara política, em derrota para o governo Lula, a Câmara aprovou projeto do marco temporal de demarcação das terras indígenas. Já a MP dos Ministérios tem uma sessão marcada para as 11h.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã de quarta-feira (31), com os investidores à espera de dados econômicos e se preparando para a votação sobre o projeto de lei do teto da dívida americana.

Depois de passar por uma votação na Câmara de maioria republicana nesta quarta-feira. O texto ainda precisará passar pelo Senado controlado pelos democratas antes da próxima segunda-feira (5), quando o Tesouro dos EUA prevê que não terá dinheiro suficiente para cumprir suas obrigações de dívida.

Em indicadores, saem dados do mercado de trabalho (JOLTs) e de atividade econômica (PMI) de Chicago.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), -0,22%
  • S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
  • Nasdaq Futuro (EUA), -0,28% 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em baixa generalizada, após o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) recuar pelo segundo mês seguido na China.

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A medida oficial da atividade fabril da China para maio ficou em 48,8, abaixo da estimativa de 49,4 de uma pesquisa da Reuters.

A inflação da Austrália, por sua vez, atingiu 6,8% em abril, acima das expectativas de economistas consultados pela Reuters. A pesquisa com 19 economistas viu as previsões variarem de 5,9% a 6,6%.

O banco central da Tailândia elevou sua taxa de recompra reversa de referência para 2%, ante 1,75%.

  • Shanghai SE (China), -0,61%
  • Nikkei (Japão), -1,41%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), -1,94%
  • Kospi (Coreia do Sul), -0,32% 
  • ASX 200 (Austrália), -1,64%

Europa

Os mercados europeus operam com baixa antes da votação da Câmara sobre o teto da dívida dos EUA.

Na frente de dados, a inflação na França desacelerou para 6% em maio, de 6,9% em abril, mostraram números do Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor, a taxa mais baixa em um ano. Economistas consultados pela Reuters esperavam inflação de 6,4%.

O governador do Banco da França, François Villeroy de Galhau, disse após a impressão que a inflação pode ter atingido o pico na França, informou a Reuters.

  • FTSE 100 (Reino Unido), -0,33%
  • DAX (Alemanha), -0,34%
  • CAC 40 (França), -0,56%
  • FTSE MIB (Itália), -0,25% 
  • STOXX 600, -0,30%

Commodities

As cotações do petróleo operam com baixa, ampliando as perdas da véspera, enquanto investidores aguardam pela votação sobre um acordo bipartidário para elevar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões dos EUA.

Os preços do minério de ferro na China tiveram leve perdas na sessão de hoje, com traders repercutindo nova retração da atividade fabril chinesa.

  • Petróleo WTI, -0,94%, a US$ 68,81 o barril
  • Petróleo Brent, -0,82%, a US$ 72,94 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 0,42%, a 711,00 iuanes, o equivalente a US$ 100,02 

Bitcoin

  • Bitcoin, -2,49% a US$ 27.135,95 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

A agenda de hoje é marcada por dados do mercado de trabalho. Tanto o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) quanto a PNAD Contínua serão divulgados na quarta-feira (31). O Itaú calcula que 112 mil empregos formados tenham sido criados em abril e que a taxa de desemprego tenha caído de 8,8% para 8,7%.

Nos Estados Unidos, saem os dados de oferta de emprego (JOLTS), além do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Chicago.

Investidores também aguardam pela divulgação do livro bege do Federal Reserve, bem pelo discurso de membros da autoridade monetária.

Brasil

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9h: PNAD Contínua de abril, com projeção Refinitiv de taxa de desemprego de 8,7%

9h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com representantes da S&P Global Ratings e da Secretaria do Tesouro Nacional (fechado à imprensa)

10h: Campos Neto tem reunião com Raul Jungmann, Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Ilona Szabó de Carvalho, Cofundadora e Presidente do Instituto Igarapé, e Giorgio de Tomi, Professor e Diretor do Núcleo de Apoio à Pesquisa para a Mineração Responsável da USP (fechado à imprensa)

14h: Haddad, ministro da Fazenda, participa da Mesa de Abertura do VII Congresso do Contencioso Tributário da PGFN e do FGTS

14h30: Fluxo Cambial semanal

15h: Caged – Geração de emprego formal de abril, com projeção Refinitiv de criação de 204,8 mil vagas

16h30: Campos Neto tem reunião com Paulo Solmucci Júnior, Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) (fechado à imprensa)

17h30: Campos Neto tem reunião com Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, e Daniel Abraham Loria, Diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda (fechado à imprensa)

EUA

9h50: Discurso da integrante do Fed, Michelle W.Bowman

10h45: PMI Chicago

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11h: Ofertas de emprego (JOLTs)

13h30: Discurso do presidente do Fed da Filadélfia, Patrick T. Harker

14h30: Discurso do membro do Fed, Philip N. Jefferson

15h: Livro Bege

17h30: Estoques de petróleo API

Alemanha

9h: Índice de preços ao consumidor de maio

Zona do Euro

9h30: Discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde

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3. Noticiário econômico

Arcabouço fiscal passará pela CAE antes de ser votado no Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira, 30, que o projeto de nova regra fiscal passará pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de ser votado no plenário da Casa. A proposta foi aprovada pela Câmara na última semana.

Pacheco também confirmou que o relator do projeto, tanto na comissão quanto no plenário, será o senador Omar Aziz (PSD-AM).

4. Noticiário político

Câmara aprova projeto do marco temporal de demarcação das terras indígenas 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (30), projeto de lei que trata do marco temporal da ocupação de terras por povos indígenas (PL 490/2007). Foram 283 votos favoráveis e 155 contrários ao substitutivo apresentado pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (União Brasil-BA), e representa uma derrota para o governo.

A votação ocorre menos de uma semana após os deputados aprovarem requerimento de urgência para a tramitação da matéria. O texto determina que só serão demarcadas as terras indígenas tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

O debate ocorre no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) se preparava para retomar julgamento sobre o assunto. Os ministros devem decidir se a promulgação da Carta Magna deve ou não ser adotada como referência para definir a ocupação tradicional de terra por povos indígenas. O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou contra a tese.

MP dos ministérios será votada nesta quarta-feira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários decidiram adiar para esta quarta-feira (31) a votação da medida provisória (MP) da reestruturação dos ministérios, que estava inicialmente prevista para a noite de terça-feira.

O anúncio foi feito apesar de o governo ter desistido de trabalhar por alterações no texto, cujo parecer mais recente prevê o esvaziamento dos Ministérios do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas e do Desenvolvimento Agrário. O projeto deve voltar à pauta às 11h e ser analisado pelo Senado à noite.

5. Radar Corporativo

Fertilizantes Heringer (FHER3)

A Fertilizantes Heringer (FHER3) obteve prejuízo líquido de R$ 131,540 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 128,364 milhões de lucro líquido no mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados há pouco pela companhia.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período ficou negativo em R$ 139,549 milhões ante cifra positiva de R$ 128,354 milhões em igual intervalo de 2022, impactado pelo resultado bruto e pelas adequações de reestruturação para o aumento das entregas, informou a companhia.

Vibra (VBBR3)

A Vibra (VBBR3) anunciou na terça ao mercado que promoveu uma reestruturação organizacional, criando duas novas vice-presidências e nomeando Augusto Ribeiro como vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI, com prazo de gestão de dois anos, a partir de 3 de julho de 2023.

Para a nova vice-presidência de Energia Renovável e ESG, foi escolhida Clarissa Sadock. Já para nova vice-presidência de Gente e Tecnologia, foi nomeado Aspen Andersen.

Sadock renunciou nesta terça-feira à presidência da AES Brasil (AESB3).

CCR (CCRO3)

O Conselho de Administração da CCR (CCRO3) aprovou a abertura de um novo programa de recompra de ações da companhia, autorizando a aquisição, pela CCR, de até 3.200.000 ações ordinárias de sua própria emissão.

O programa de recompra tem como objetivo a aquisição de ações para permitir o cumprimento de suas obrigações decorrentes do Plano de Incentivo de Longo Prazo da CCR S.A.

O prazo máximo para a aquisição das ações objeto do programa de recompra é de 18 meses. 

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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